Em estreia internacional, Mariana Gomes, atleta da seleção nacional da Federação Portuguesa de Artes Marciais Chinesas (FPAMC), brilhou no 8.º Europeu de Wushu Tradicional, conquistando a medalha de prata na categoria Taolu Tai Chi Chuan Chen. Com uma prestação de elevado nível técnico e emocional, a atleta partilhou com honestidade os bastidores desta conquista e deixou uma mensagem inspiradora para quem sonha começar — ou recomeçar — no Wushu.
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FightNews: Foi o teu primeiro campeonato internacional. Como descreves essa estreia no palco europeu no 8.º Europeu de Wushu Tradicional?
Ter ido ao Europeu é o culminar de muito trabalho e dedicação. Estar lá foi uma experiência de aprendizagem, de saber lidar com a competitividade, com a pressão de entrada em prova, com o entusiasmo de se fazer parte de algo maior do que nós — intimidante e familiar ao mesmo tempo.
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FightNews: Que sentimentos te atravessaram quando recebeste a medalha de prata no 8.º Europeu de Wushu Tradicional na categoria Taolu Tai Chi Chuan Chen?
É um sentimento de conquista! Quando se treina para uma prova como esta, a preparação mental passa por visualizar vários cenários, desde imprevistos ao sucesso. Visualizar o pódio tem de ser uma hipótese. Estar no pódio em pessoa é algo que não parece real e que se torna num momento de emoção e de superação pessoal.
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FightNews: Esta conquista trouxe-te novas metas ou ambições dentro do Wushu?
Sim, trouxe-me a confiança de continuar a trabalhar melhor, de experimentar novas áreas no Wushu, talvez outros campeonatos maiores.
FightNews: Achas que este resultado ajuda a dar mais visibilidade ao Wushu Tradicional em Portugal?
Sem dúvida. Qualquer participação em campeonatos internacionais dá projeção à modalidade. Um bom resultado tem outro impacto. O Wushu tem várias vertentes, pode praticar-se em qualquer idade, em qualquer condição física. Não é por acaso que é milenar e é conhecido por trazer longevidade. Em Portugal, ainda tem espaço para crescer e espero que este resultado motive mais pessoas a superarem-se ou a começarem.
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FightNews: Disseste que houve “privações e escolhas” ao longo do processo. Sentes que tudo valeu a pena neste momento?
As privações e as escolhas fazem parte do processo. Se o treino for confortável, pode ser um treino eficaz no momento, mas não traz evolução. As privações e as escolhas são muitas vezes conscientes e voluntárias para se poder melhorar. Integram a dedicação e a disciplina de treino, que compensa sempre.
FightNews: Se pudesses descrever o significado desta medalha em três palavras, quais seriam?
Conquista, dedicação, garra.
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FightNews: Por fim, que mensagem deixas a quem te apoiou ou se inspira no teu percurso?
Muito obrigada a todos que acreditaram, a todos que estiveram e estão ao meu lado. As conquistas e as medalhas só se conseguem porque há uma equipa connosco, principalmente a equipa de casa, que está comigo em todos os momentos. A vontade foi minha, a medalha é nossa!
A quem começar algo, comecem. Nunca é tarde e eu sou a prova disso.
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