Ricardo Correia estreou-se oficialmente na luta olímpica com um feito memorável: a conquista da Taça de Portugal em wrestling estilo livre. Com um percurso consolidado no Jiu-Jitsu e grappling, o atleta mostrou que está preparado para novos desafios, numa caminhada feita de esforço, disciplina e espírito de equipa. Em entrevista exclusiva, fala da preparação, do papel da equipa, do apoio da família e dos sonhos que ainda quer conquistar.
FightNews: Foi a tua estreia oficial no wrestling estilo livre. Como foi viver essa experiência e logo com um título tão importante como a Taça de Portugal?
A vitória na Taça de Portugal foi fruto do trabalho em equipa. O meu treinador teve um papel fundamental, sempre a orientar, corrigir e motivar (o melhor treinador do mundo). E claro, sem os meus colegas de equipa, os treinos não teriam a mesma intensidade nem o mesmo espírito. Foi um esforço conjunto, todos contribuíram para este resultado.
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FightNews: Como tem sido a tua preparação para competir em luta olímpica? O que diferencia este estilo do Jiu-Jitsu ou No-Gi, por exemplo?
A preparação e sempre intensa, treinamos sempre forte para estarmos preparados a qualquer altura pois existem sempre competições. A luta olímpica foca em quedas e controle, sem finalizações. Já o Jiu-Jitsu, com ou sem kimono (no-gi), trabalha mais o solo e procura mais finalizações como chaves e estrangulamentos. A luta olímpica é mais explosiva, é uma modalidade muito exigente fisicamente e voltada para derrubar e dominar, enquanto o Jiu-Jitsu é mais estratégico no chão.
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FightNews: Que papel teve o teu treinador e a tua equipa nesta conquista?
O meu treinador teve um papel fundamental, sempre a orientar, corrigir e motivar. É o melhor treinador do mundo. E sem os meus colegas de equipa, os treinos não teriam a mesma intensidade nem o mesmo espírito. Foi um esforço conjunto, todos contribuíram para este resultado.
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FightNews: Mencionaste a importância da tua família, amigos e patrocinadores. Como tem sido esse apoio ao longo do teu percurso desportivo?
O apoio dos patrocinadores locais é essencial para atletas como eu. São eles que muitas vezes tornam possível viajar, competir e evoluir — no caso do Jiu-Jitsu — porque no wrestling o Casa Pia dá todo o apoio possível e imaginário a todos os seus atletas.
A minha família também tem um papel enorme. Estão sempre presentes, a apoiar nos momentos bons e nos difíceis. Os amigos também ajudam com palavras de incentivo e apoio constante. Sem essa rede, seria muito mais difícil manter o foco e seguir em frente na modalidade.
Obrigado Vmelious Barbershop, JVG Arquitectos, Olavo Caiado e Arte Fina Lda.
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Os meus próximos objetivos passam por continuar a evoluir no wrestling e no Jiu-Jitsu, competindo sempre que possível.
E, se surgir uma oportunidade interessante, gostava também de me estrear no MMA. É uma área que me atrai e acredito ter faculdades de destaque que posso aplicar bem, assim como o que tenho adquirido ao longo da minha jornada marcial.
Os próximos eventos agendados são:
ESJJF Europeu de Jiu-Jitsu (Open), a 24 de maio, em Tomar.
Portugal Jiu-Jitsu (Open), a 14 de junho, em Coimbra.
ADCC (Open) a 21 de junho, em Lagos (grappling/submission).
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FightNews: Por fim, que mensagem gostarias de deixar a quem te acompanhou neste percurso e aos jovens que estão a começar na luta olímpica em Portugal?
Nada do que conquistei teria sido possível sem as pessoas que caminharam ao meu lado: treinador, equipa, família, amigos e quem acredita no meu percurso. A todos, o meu obrigado.
Para os jovens que agora começam na luta olímpica, digo para acreditarem no processo, mesmo quando é duro. Esta modalidade ensina muito mais do que técnica — ensina resiliência, disciplina e força de vontade. Com trabalho e paixão, tudo é possível.