Estrear-se num ringue internacional e conquistar o 3.º lugar num dos torneios mais prestigiados da WAKO, o Turkish Open, é uma façanha que poucos conseguem. A atleta portuguesa Silvana Pedroso fez precisamente isso — e fê-lo com humildade, foco e gratidão. Numa conversa franca, falou sobre a sua experiência na Turquia, os desafios enfrentados e o que a motiva a seguir em frente.

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FightNews: Silvana, que significado teve para ti conquistar o 3.º lugar num evento tão prestigiado como o Turkish Open da WAKO?

Conseguir o 3.º lugar no Turkish Open da WAKO foi uma sensação incrível. É uma competição de alto nível, com atletas muito fortes, de vários países, por isso estar entre as três melhores foi um grande orgulho. Senti que todo o trabalho duro, treino constante e sacrifícios valeram a pena. Ao mesmo tempo, foi uma força extra para continuar a evoluir e a lutar por lugares ainda mais altos no pódio.

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FightNews: Como avalias a tua prestação ao longo da competição? Houve algum combate que tenha sido especialmente marcante para ti?

Considero que a minha prestação foi positiva, especialmente tendo em conta a minha inexperiência, uma vez que antes deste campeonato tinha apenas um combate em ringue. Apesar disso, consegui manter o foco e aplicar o que tenho vindo a treinar. O segundo combate foi o mais marcante, pois a adversária adotou um estilo de ‘anti-jogo’ o que dificultou a minha performance. Não consegui impor o meu ritmo e foi frustrante, mas uma lição importante para continuar a evoluir.

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FightNews: Quais foram os maiores desafios que enfrentaste durante esta prova na Turquia?

Um dos maiores desafios foi lidar com a insegurança da minha inexperiência. Era a minha primeira vez a competir em ringue a nível internacional, e isso por si só já traz uma pressão enorme. Além disso, representar Portugal deu-me muito orgulho, mas também uma grande responsabilidade — e eu não queria falhar.

FightNews: Como foi representar Portugal numa competição internacional deste nível? Sentiste o peso da responsabilidade ou usaste isso como motivação?

Representar Portugal numa competição internacional deste nível foi um momento muito especial. Senti uma grande honra por levar as cores da minha nação ao peito e também o peso da responsabilidade, por saber que não estava só a lutar por mim, mas pelo meu país. Apesar da pressão, usei isso como motivação para dar o meu melhor e mostrar que, mesmo com pouca experiência, estava à altura do desafio.

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FightNews: Quais foram os sentimentos no momento em que subiste ao pódio e recebeste a medalha de bronze?

Estar no pódio e receber a medalha de bronze foi um momento inesquecível. Senti-me orgulhosa, feliz e, acima de tudo, grata — por tudo o que aprendi, por quem esteve sempre ao meu lado, e por poder representar Portugal numa competição deste nível. Esta conquista é uma prova do caminho percorrido e um incentivo enorme para tudo o que ainda quero conquistar.

FightNews: Esta medalha motiva-te ainda mais para os próximos desafios? Já tens novas competições em mente?

Esta medalha é, sem dúvida, uma grande fonte de motivação. No entanto, também me fez perceber os pontos que preciso de melhorar para alcançar lugares ainda mais altos. Vou focar-me no que não correu tão bem para evoluir. Estou a iniciar a preparação para o próximo desafio, o Hungarian Open, onde espero mostrar uma versão ainda melhor do meu trabalho.

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FightNews: Por fim, gostarias de deixar alguma palavra de agradecimento à tua equipa, família ou patrocinadores?

Quero deixar um profundo agradecimento ao meu mestre, Paulo Nogueira. Sou imensamente agradecida por tudo o que ele faz por mim — pela sua dedicação incansável, pelo apoio constante e por acreditar no meu potencial mesmo quando eu duvido. Agradeço também ao clube de Condeixa pelo suporte contínuo. À minha família e amigos por serem o meu porto de abrigo e acreditarem em mim. E, claro, ao treinador e colegas da seleção presentes, com quem formei uma equipa muito unida. Esta conquista é também deles.

Silvana Pedroso promete não ficar por aqui. O Turkish Open foi apenas o início. O bronze que trouxe da Turquia já brilha como ouro no coração de quem viu ali nascer uma carreira com futuro.